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Quando o corpo e a mente gritaram por socorro!

Por: Jacqueline Sanchez

Explodiu!

Aquela “bomba-relógio” explodiu! Estava prestes a acontecer mesmo, não havia mais saída. A mente suplicava por ajuda, o corpo gritava por socorro. A estafa, o cansaço, a tensão, o esgotamento acabaram vindo à tona. Não cabia mais nada dentro daquela criatura. Não aguentava mais.

– Se não parar por bem, vai parar por mal! Dizia o seu “eu” interior.

Pois bem, infelizmente parou por mal!

Seu corpo sentia. Seus dedos sentiam…(não podiam mais, de fato, “sentir”, pois estavam dormentes, rígidos). Sua pressão arterial sentia…(não podia mais suportar e caía! Caía de vez!). Sua visão sentia… (não podia mais enxergar com nitidez, foi esvaindo-se aos poucos, escurecendo). Quase um desmaio.

– Seja forte! Seja forte!

A sensação piorava, além do físico, já estava afetando o psicológico. Susto, angústia, medo, muito medo, eram

tantas sensações juntas e misturadas.

– Seja forte! Era sua única esperança naquele momento.

Contudo, não parou por aí. Ainda era nítido o pedido de socorro do seu “eu” interior, que já tinha afetado o físico.

A cada momento uma surpresa, mais sintomas desconhecidos. Membros inferiores, pernas e pés dormentes.

Estavam parando! Parando por mal! O medo tomava conta daquela criatura. Quase uma sensação de desespero, senão o próprio desespero.

– Seja forte! Seja forte!

Era a única coisa que conseguia pensar enquanto revezava com os pensamentos de medo e desespero. O que

está havendo? Perguntava-se a todo instante.

Já não conseguia mais mover membros inferiores também. A face estava adormecida e a fala prejudicada, a dicção ficava lenta. Estava parando, parando por mal!

O que estava de fato acontecendo?

A “bomba-relógio” explodiu. O corpo gritou, a mente suplicou, Socorro!

Chegando ao hospital naquelas condições, e depois de ter feito uma bateria de exames que não deram nada, não havia uma doença “concreta”, os médicos não encontravam uma resposta. Sendo assim, a única coisa que podia fazer era pensar, refletir.

O que estava ocorrendo? O que anda fazendo com sua vida?

Calma. Calma. Sabe o significado da palavra Calma?

Foi necessário chegar a essas condições para entender, que você tem uma inimiga declarada. Àquela, que sempre esteve presente e você nunca deu importância para o mal que ela fazia. Nunca parou para refletir sobre as consequências que ela lhe trazia por controlar tanto a sua vida.

Quem é ela? Seu nome é Ansiedade.

Mas você está sempre sem tempo, muito ocupado para pensar nisso, não é?

Ela fez tudo isso com você, pois dominou sua mente. Você nunca teve tempo para pensar nisso. Nunca percebeu os detalhes que seu corpo mostrava. Talvez nem acreditava muito em tudo isso não é mesmo?

Sobretudo, ela não dominou a sua mente por acaso. Foi por uma série de situações e escolhas.

Como você tem vivido? Tem respeitado seu corpo e sua mente? Tem cuidado de si? Tem percebido e dado

importância aos detalhes? Tem tido tempo para refletir? Pense nisso.

Você pode mudar essa situação sabia? Pode controlar isso, pode cuidar mais do seu “eu” interior e do seu corpo.

Basta sair da zona de conforto em que está! E decidir que quer mudar, melhorar, evoluir. Aceitar que a ansiedade existe é necessário, porém se entregar e viver à mercê dela é o que você não pode aceitar.

Respira! Respira! Respira fundo! Relaxe sua mente, seu corpo.

Ou vai esperar ter a próxima crise de ansiedade? Ou pior, quer esperar explodir outras “bombas-relógio”?

Dê importância ao que nunca deu antes. Você é forte! Você é mais forte do que a ansiedade, é mais forte do que a pressão que tem vivido, mais forte do que as cobranças alheias e principalmente das cobranças de si próprio.

Sim, é um exercício, um treino diário, mas você pode controlar isso! Pode evitar muita coisa. Acredite!

E não se esqueça, busque ajuda profissional! Busque um psicólogo que te ouvirá, te acolherá, que não te julgará, isso é fundamental. É desta maneira que você aprende a cuidar do seu “eu” interior. Aprende a lidar com as pressões.

Aprende a viver de verdade, não somente sobreviver no mundo.

Não espere a explosão, não espere que seu corpo e sua mente gritem por socorro novamente.

Isso é possível! Dê importância a si mesmo!

Vanessa Vilas Boas

Psicóloga Clínica, Terapeuta Cognitiva Comportamental.

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