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Como melhorar sua autoestima!

A curto modo, autoestima é sobre a opinião que temos de nós mesmos, uma apreciação subjetiva sobre nossa valia. Podemos, então, entender a autoestima como o conceito que temos sobre nosso próprio valor, que está baseado nos sentimentos, pensamentos, sensações e experiências que temos em nossa relação intrapessoal.

A autoestima não é algo herdado, mas sim construído. É um conceito que evolui à medida em que vamos tendo nossas experiências, desde a mais tenra infância, mediante a valorização que fazemos sobre nosso comportamento, bem como a assimilação e a interiorização da opinião dos demais sobre nós mesmos. Neste sentido, as influências mais importantes nesta construção são nossos pais, professores e amigos.

A importância maior da autoestima está no fato de que ela atua como uma força que nos impulsiona a atuar, a seguir adiante e nos mantém motivados para perseguir nossos objetivos. Desta forma, também avaliamos se a pessoa pode ter desenvolvido uma boa autoestima ou uma baixa autoestima. 

De acordo com Walter Riso, há quatro pilares que formam a auto estima. São eles:

  1. autoconceito 
  2. autoimagem 
  3. auto reforço
  4. autoeficácia 

5 EXERCÍCIOS PARA MELHORAR A AUTOESTIMA

  1. Qual a origem da sua baixa autoestima?

Para podermos criar uma estrutura de enfrentamento aos seus medos e, consequentemente, à baixa autoestima, é preciso entender qual a origem da sua baixa autoestima. Isso não é para ser dolorido ou relembrar cicatrizes (quando os elementos emocionais estão enraizados com processos cognitivos “pensamentos” e comportamentais) que supostamente justificam essa dor. Na medida do que é possível, tente olhar para a origem da sua baixa autoestima como se você estivesse olhando de fora.

Uma sugestão cabível é que você se pergunte “por que” dos teus medos. Vou te deixar um exemplo:

“Por que tenho medo de começar algo? Porque não sei se vou dar conta disso. Por que não daria conta? Porque não sou competente. Por que acredito não ser competente? Porque quando era pequeno não me deixavam fazer as coisas, pois não acreditavam que eu poderia”. Aí está, descobrimos algo!


2. Tente, mesmo que possa fracassar.

Tendemos a evitar aquilo que tememos a qualquer custo. Não enfrentar os medos é a saída mais simples, rápida e fácil a curto prazo, já que elimina a ansiedade que a situação provoca. Dessa forma, entendemos que a melhor forma de manter a autoestima baixa é não agir, é se manter nesta zona de “conforto” e não tentar fazer algo. Sabemos também, que o desenvolvimento da autoestima não depende, especificamente, dos resultados dos seus atos. Depende, somente, que você faça algo, que você atue. Simplesmente, a autoestima aumenta quando você enfrenta seus medos e diminui quando você os evita. 

 3. Substitua seus objetivos por valores 

Às vezes, não alcançar objetivos bem marcados pode nos levar a uma frustração e nos fazer sentir que não servimos pra nada. No entanto, quando nos pautamos nos valores e não tanto nos objetivos, isso não acontece e, mesmo diante de um fracasso, continuamos seguindo a direção daquilo que determinamos como nossa vida. Descreva quais valores norteiam sua vida e seu comportamento e dê uma nota de 0 a 10 no quanto você tem se dedicado a eles. Feito isso, compare seus valores com seus objetivos de vida. Eles são coerentes? Se não forem, você pode rever seus conceitos e refletir sobre formas de torná-los mais assertivos e coerentes.

4. Descubra suas forças de caráter

Se você tem baixa autoestima, certamente não está consciente das suas habilidades, pontos fortes e recursos já “instalados” no seu sistema. Então, vou te deixar aqui algumas opções para poder te ajudar a reconhecer seu lado bom.

EXERCÍCIO 1.

  • Eleja 5 conquistas que você conseguiu alcançar ao longo da sua vida: terminar faculdade, trabalhar num setor que tenha te oferecido grande crescimento, aprender um outro idioma, tocar um instrumento musical, aprender a cozinhar.. entre outros. Se você encontrar dificuldade com isso é porque não está sendo generosa(o) consigo mesma (o). Se for esse o caso, imagine que esses êxitos tenha sido alcançados por um amigo. O que você diria a ele? Como você reconheceria esses ganhos?
  • Então avalie quais características positivas são necessárias para conseguir cada uma dessas conquistas: curiosidade, iniciativa, amor ao aprendizado, etc.

EXERCÍCIO 2. 

  • A gratidão tem uma relação muito estreita com a autoestima, por isso sugiro esse exercício. A atividade consiste em escrever uma carta falando de si mesma(o) em terceira pessoa. 
  • “Olá! Como vai você? Gostaria de te apresentar uma pessoa muito especial para mim. Ela se chama _________________________ (seu nome aqui) e é ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________(descreva as características físicas, psicológicas e sociais positivas que você mais aprecia em si mesma(o). Para facilitar, você pode imaginar como um(a) amigo(a) o(a) descreveria).  

O que mais me encanta nela é _____________________________________________________________________________

Algumas das pessoas que mais a amam são ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ porque_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

O que mais me orgulha nela é ______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

O que ela precisa para sentir mais amor por si mesma e aumentar sua autoestima é deixar de____________________________________________________________________________

5. Perdoe a si mesmo, com autocompaixão

Para melhorar sua autoestima é fundamental que aprenda a se perdoar pelos seus erros e, para isso, é de suma importância praticar a autocompaixão.

A autocompaixão está muito relacionada com o autoconceito, um dos elementos que formam a autoestima e consiste, basicamente, em se tratar com a mesma empatia que você dedica a um melhor amigo. Isto é, dar apoio e ser compreensivo consigo mesmo, em vez de se criticar e se julgar constantemente. É preciso aprender a se acalmar e se reconfortar para tentar novamente, ao invés de se castigar todas as vezes que comete um erro. 

Fale consigo mesmo(a) da mesma maneira que falaria com um amigo. Seja gentil como seria com as outras pessoas, não seja tão duro com você, nunca diga frases como: “você não serve pra nada mesmo, é um(a) inútil”, são palavras muito pesadas e não te motivam a seguir em frente e melhorar. Você pode fazer o seguinte exercício: se um(a) amigo(a) tivesse com a mesma questão que você, neste momento, o que diria a ele(a)? Você pode escrever uma carta, para exercitar e ir aos poucos trabalhando seu diálogo mental. 

*Pegue uma folha a parte para fazer os exercícios, eles podem parecer simples, mas ajudam muito a ter maior noção de si mesmo(a), ter mais autoconhecimento e perceber o que você faz que mantém sua baixa estima. Pratique!

Vanessa Vilas Boas

Psicóloga Clínica, Terapeuta Cognitiva Comportamental.

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