21 de junho de 2015
Terapia de Casal
Ainda que sejam difíceis de controlar e possam nos causar muita agonia, devemos ver os ataques de ansiedade como situações passageiras das quais, sem sombra de dúvidas, conseguiremos sair.
Os ataques de ansiedade podem afetar a todos nós em algum momento. O complexo destas situações é que não são muito bem entendidas pela população em geral, para desespero de quem sofre com elas.
Embora seja verdade que os transtornos de ansiedade entram no Manual Diagnóstico dos Transtornos mentais (DSM-V) estamos diante de uma dimensão que pode ser experimentada de forma muito pontual ou recorrente.
Uma situação estressante, um impacto emocional, ou inclusive estar muito tempo sob pressão pode desencadear um ataque de ansiedade.
Quem o sofre tem a clara sensação de que vai morrer, de que seu coração vai explodir. É algo realmente dramático, e mais ainda se quem está perto não sabe o que acontece e reage da pior forma possível, com frases como “não é nada” ou“você é muito exagerado”.
Hoje, em nosso espaço, queremos aprofundar esta realidade tão comum para oferecer as estratégias mais adequadas para lidar com ela.
Em primeiro lugar precisamos entender um aspecto importante: a ansiedade, por si só, tem uma utilidade para o ser humano.
A ansiedade nos avisa a respeito da proximidade de uma ameaça para que possamos fugir ou enfrentá-la.
O ideal é manter um nível de ansiedade ajustado e equilibrado para, desta forma, nos motivarmos para sermos mais eficazes em nossos contextos cotidianos.
No entanto, o problema aparece quando o nível de ansiedade dispara e se torna incontrolável.
É aí que nosso cérebro interpreta que há um risco do qual devemos escapar o quanto antes e, para isso, desencadeia uma reação orgânica: aceleração do coração, pressão sanguínea, adrenalina no sangue…
Enquanto nosso cérebro e nosso corpo nos mandam “escapar”, nossa mente nos envia pensamentos negativos e catastróficos que pioram ainda mais a situação.
Vejamos mais informações e detalhes a respeito.
Os transtornos de ansiedade se relacionam com diversas dimensões e situações pessoais.
Há quem tenha medo de avião, outros podem sofrer de transtornos como a agorafobia, a aracnofobia, ou outros onde sejam comuns os ataques de ansiedade.
Outras pessoas, por outro lado, podem experimentar esta situação diante de um contexto de grande impacto emocional.
Apesar das causas serem muitas, em geral existe uma sintomatologia comum que pode ser identificada com certa facilidade.
No caso dos ataques de ansiedade serem algo frequente, é muito possível que a pessoa sofra de uma depressão encoberta.
Para não ter dúvida, nada melhor do que consultar nosso médico de atenção primária para que ele nos encaminhe a um especialista.
Para enfrentar um ataque de ansiedade o primeiro passo é enfrentar os sintomas emocionais e racionalizar (questionar) este medo, esta ameaça, esta situação estressante.
Entenda que as mesmas fórmulas não servem para todos. Tente esmiuçar em partes pequenas este “tudo” que está fazendo mal e racionalize (questione) cada ameaça até fazê-la desaparecer.
Se os sintomas não desaparecerem e os batimentos estiverem acelerados demais é necessário contatar o atendimento médico, especialmente se a pessoa tiver alguma cardiopatia, diabetes ou obesidade.
As mulheres controlam o estresse e a ansiedade de um modo mais eficaz do que os homens porque sabem reconhecer as emoções e têm mais facilidade para falar sobre elas.
Sufocação, palpitações, nervosismo extremo, bloqueio mental, tensão muscular… Quem não teve em alguma ocasião uma crise de ansiedade? A vida cotidiana nos põe às vezes frente a situações que não sabemos muito bem como confrontar e que nos superam.
A ansiedade específica é aquela que podemos sentir, por exemplo, na hora de falar em público, ou simplesmente por subir em um avião e não se tornaria em algo muito sério se fossem ações que realizássemos em muito poucas ocasiões e que não alterassem o equilíbrio de nossa vida. Mas, o que acontece quando a ansiedade “se instala” na nossa vida e começamos a ser vítimas do medo e dos pensamentos obsessivos quase que diariamente?
É um risco para a nossa saúde física e emocional. Daí a importância de saber controlar essa ansiedade cotidiana, e daí também a necessidade de conhecer todos esses aspectos sobre esse angustiante sentimento.
Vamos usar um exemplo: você está em uma reunião familiar e, devido a um mal-entendido e uma posterior discussão, acaba tendo um problema com algum familiar. Não dá importância, não quer pensar nisso, mas a partir desse momento, evita radicalmente assistir novamente a essas reuniões e, mais ainda, desenvolve certo desconforto e pensamentos negativos sobre alguns membros da sua família.
Nesse caso o que deveríamos ter feito é reconhecer nosso problema com a pessoa com quem tivemos a desavença, falar e raciocinar com ela, mas sem jogar culpa no restante dos familiares, evitando assim sobrecarregar a tensão emocional e a ansiedade. Evitar ou fugir de certas situações não faz mais do que aumentar o problema.
Com certeza você já conheceu pessoas que rapidamente demonstram ansiedade por nada. Personalidades serenas que rara vez se inquietam ou que confrontam seus problemas com grande equilíbrio. Pelo contrário, há quem, frente ao mais mínimo problema, desenvolve imediatamente uma grande ansiedade, pensamentos negativos e inclusive bloqueios.
Por que isso acontece? Porque somos tão diferentes uns dos outros? A dopamina e a serotonina são os neurotransmissores que geram esses processos de ansiedade, e há pessoas que sofrem com um excesso de excitação nesses circuitos cerebrais que os fazem reagir de uma forma mais intensa em comparação com outras pessoas.
Há quem não o percebe e quem não é consciente de que está deixando a ansiedade se instalar na sua vida de um modo gradual e até perigoso. Quais seriam esses primeiros sintomas de advertência?
A maioria das vezes a ansiedade não aparece sozinha. Na verdade, poderíamos dizer que ela está claramente relacionada com outras situações que devem ser avaliadas:
Pode ser que fique surpresa, mas para muitos médicos e psiquiatras, não há melhor tratamento para a ansiedade cotidiana do que um pouco de exercício por dia. Sair para andar, dar um longo passeio para fazer o nosso coração trabalhar, para liberar toxinas, onde se geram mudanças químicas no nosso organismo, nos permite confrontar esse problema de um modo bastante efetivo.
Vale a pena conferir.
A ansiedade forma parte do ser humano. Todos nós somos “falíveis”, todos temos medo de alguma coisa e, o mais importante, a vida às vezes nos põe diante de situações que não sabemos muito bem como controlar no começo, daí que a ansiedade aparece.
Mas, devemos pensar nela como em um mecanismo de defesa ou de “alerta”, como um sinal de alarme que nos indica que há alguma coisa que devemos fazer, algo que devemos mudar ou confrontar. Se fugirmos, o problema se torna maior, portanto enfrente essa situação de estresse e tente resolvê-la.
Segundo um estudo da Universidade Nacional Autônoma do México, o estresse e a ansiedade são observados em maior grau nas mulheres, sobretudo entre os 15 e os 50 anos de idade. A razão? Estão acostumadas a ter muitas responsabilidades, se antecipam mais às coisas e pensam também muito mais nos outros que em si mesmas… E tudo isso leva a esses ataques repentinos de ansiedade ou a um estresse que pode se armazenar por anos.
Entretanto, há uma coisa que têm a favor e que as diferencia dos homens: podem confrontar o estresse e a ansiedade melhor do que eles, porque têm mais facilidade de falar das emoções. Sabem reconhecê-las e controlá-las de um modo mais eficaz.
Não se esqueça de todos esses aspectos e combata melhor a sua ansiedade cotidiana.
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